Hoje apetece me falar de sentimentos, mas especificamente dos afectos, paternais.
Não tenho filhos, biológicos nem adoptivos, mas tenho uma filha afectiva.
Afectiva por ser minha filha, só não sou mãe dela, isto parece estranho para muita gente, mas para mim não, amo-a como minha filha não consigo olhar para ela e não sentir isso.
Mas legalmente isso não conta!
Ela vive comigo, é filha da minha irmã, que era casada e separou-se, mas que gosta da filha mas fez outras opções, vive com outra pessoa e não vive perto de nos. Até aqui tudo bem, ela achou que ficava melhor connosco, mas o problema é o pai, lembrou-se ao fim de 7 anos que afinal quer a filha, ate ao ultimo ano lectivo, fui sempre eu a encarregada de educação, desde a pré-escola, a "minha" filha tem agora 10 anos esta no 5º ano e o pai foi a C+S dizer que era ele o encarregado de educação, alegou que o poder partenal era partilhado e como não estava a mãe era ele, só se esqueceu de me dizer, no inicio do ano era eu, em Dezembro já não era e nem podia ir a escola obter informações, mas sou eu que alimento´, que dou banho que limpo as feridas, que vou as consultas, marco as consultas e que pago tudo isto.
Deixaram ficar a miúda comigo e os meus pais, não nos perguntaram se podíamos ou queríamos esta responsabilidade, simplesmente deixaram e foi passando o tempo e agora não querem que eu sinta o que sinto, que não sofra quando ela sofre.
Este pai não esta preocupada com ela mas sim com a ex-mulher, minha irmã, que o deixou então sofre ela, agora pergunto isto é amor?
faço de tudo para que ela esteja feliz pelo menos de afectos, que sinta segurança pelo menos da minha parte. Ela hoje esta feliz foi passar 2 dias com a mãe, custou-me mas tem que ser, ela precisa de estar com a mãe e com o pai, eu entendo porque a amo. O pai não sabe, porque se soubesse ela já não ia porque ele não ADMITE! Como se tivesse que admitir, ela é mãe ele é pai e eu, eu sou tudo o resto. sou mãe afectiva. Se é que isso existe.
Loures
Há 2 semanas